terça-feira, 31 de março de 2009

De amor, ternura e valores

Amados...
Ontem foi um bom dia. Fazia quatro meses que não comprava roupinhas
para o Estêvão, então programei com o pai de vocês e saí para encontrar
peças novas. Fiz uma quase reforma total no guarda-roupa do nosso
Tinzinho e depois voltei para a casa, toda feliz, com os comprovantes na
bolsa e as roupinhas novas na sacola. Não foram peças de primeira linha,
mas eram todas servíveis e agradáveis de ver e vestir. Então organizei
as outras que não serviam tão bem em uma sacola e estou esperando uma
oportunidade de passá-las adiante.
Durante a prece noturna, fiquei pensando na alegria de poder
precisar de roupinhas e ter dinheiro para comprá-las; fiquei pensando no
privilégio de poder fazer isso, quando tantas pessoas não podem.
Senti-me um pouquinho culpada, como sempre, mas o sentimento foi
acompanhado de uma energia muito forte de gratidão e de...
Responsabilidade.
É aceitável que eu possua condições de comprar roupinhas n ovas para
meus filhos, mesmo quando tantas outras mães não podem, mas é
inadmicível que eu deixe peças mofando no armário, entregues às traças.
E então lembrei-me de uma mensagem que fala sobre isso, a qual colo
abaixo.

Meus votos são para que vocês frua da alegria de possuir, mas também
aprendam a arte de dividir... Tomara que eu seja capaz de lhes passar
esse conceito, a essência do pensamento cristão.
Na noite passada, tinha apenas gratidão pelas roupas; nessa, porém,
sei que terei uma rogativa: que o Mestre me dê forças para transformar
em gestos úteis todo esse manancial de boas intenções que a ter vocês ao
meu lado desperta em mim.

Que saibamos desfrutar da dádiva inestimável dessa oportunidade de
estarmos juntos,

Jô.

Diante da Vida Social

" Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será armado de meu Pai e eu o
amarei e me manifestarei
através dele."- JESUS - JOÃO, 14. 21. "Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as cousas anunciadas para a transformação
da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado
no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade.,, - Cap. 20, 5, Espiritualidade superior não se
compadece com insulamento. Se o trabalho
é a escola das almas, na esfera da evolução, o contacto social é a pedra de toque, a definir-lhes o grau de aproveitamento.
Virtude que não se reconheceu no cadinho
da experiência figura-se metal julgado precioso, cujo valor não foi aferido. Talento proclamado sem utilidade geral assemelha-se,
de algum modo, ao tesouro conservado
em museu. Ninguém patenteia aprimoramento espiritual, à distância da tentação e da luta. As leis do Universo, diligenciando
a santificação das criaturas, não determinam
que o mundo se converta em vale de mendicância e sofrimento, mas sim espera que o planeta se eleve à condição de moradia
da prosperidade e da segurança para quantos
lhe povoam as faixas de vida. Todos somos chamados à edificação do progresso, com o dever de melhorar-nos, colaborando na
melhoria dos que nos cercam.
Justo, assim, passas deter um diploma acadêmico, retendo prerrogativas de trabalho pela competência adquirida, no entanto,
será crueldade nada fazer para que o próximo
se desvencilhe da ignorância; natural desfrutes residência dotada de todos os recursos, que te garantam a euforia pessoal,
mas é contrário à razão te endeuses dentro
dela, sem qualquer esforço para que os menos favorecidos disponham de abrigo conveniente; compreensível guarneças a própria
mesa com iguarias primorosas que te satisfaçam
a dieta exigente, entretanto, é absurdo esperares que a fome alheia te bata à porta; perfeitamente
natural , que te vistas, segundo os figurinos do tempo, manejando
as peças de roupa que suponhas aconselháveis à própria apresentação, contudo, é estranho confiar vestuário em desuso ao
domínio da traça, desconsiderando a nudez
dos que tremem de frio. Apoiemos o bem para que o bem nos apóie. Para isso é preciso estender aos semelhantes os bens que
nos felicitam. Repara a natureza, no sistema
de doações permanentes em que se expressa. o céu reparte a luz infinitamente, o solo descerra energias e riquezas sem conta,
fontes ofertam águas, árvores dão frutos...
Felicidade sozinha será, decerto, egoísmo consagrado. Toda vez que dividimos a própria felicidade dos outros, devidamente
aumentada, retorna dos outros ao nosso
coração, multiplicando a felicidade verdadeira dentro de nós.